Resumo Introdução A proporção áurea, representada pela razão matemática 1:1.618, tem sido investigada na especialidade Ortodontia e no procedimento de Cirurgia Ortognática, a fim de ser estabelecida como um guia de sucesso clínico relacionado à estética facial. Objetivo Verificar a estética dos perfis faciais de pacientes Classes II e III de Angle, antes e após tratamento ortodôntico-cirúrgico, além de correlacionar 13 razões dentoesqueléticas e cinco razões de tecidos moles à proporção áurea. Material e método Um total de 94 radiografias cefalométricas laterais foram analisadas, em que 13 razões dentoesqueléticas e cinco razões em tecidos moles foram medidas e comparadas ao número áureo. Adicionalmente, uma análise subjetiva da estética facial pré e pós-tratamento foi realizada por 270 examinadores. Resultado As razões dentoesqueléticas 1, 3, 6, 7, 8 e 9 aproximaram-se do número áureo após a cirurgia ortognática, nos pacientes Classe III. Para o perfil mole, apenas a razão 4 se aproximou ao número áureo, em ambos os pacientes Classe II e III. Em relação à avaliação subjetiva da estética, 91,49% dos perfis faciais foram considerados mais harmônicos após o tratamento. Conclusão Frente à metodologia usada, pode-se concluir que a proporção áurea exerce pouca influência na avaliação da estética facial, não servindo como um guia para o planejamento e o tratamento ortodôntico-ortognático.
Abstract Introduction The golden proportion, represented by the mathematical ratio 1:1.618, has been investigated in Orthodontics and orthognathic surgery in order to be established as a guide to clinical success related to facial aesthetics. Objective To verify the facial aesthetics of patients with Angle Class II and III deformities pre and post orthodontic-surgical treatment, and to analyze if 13 dental-skeletal patters (ratios) and 5 soft tissue ratios moved closer to or further away from the golden proportion after the orthognathic surgery. Material and method A total of 94 lateral cephalometric radiographs, in which 13 dental-skeletal ratios and 5 soft tissue ratios were measured and compared to the golden number. In addition, 270 examiners performed a subjective analysis of facial esthetics before and after treatment. Result Dental-skeletal ratios 1, 3, 6, 7, 8 and 9 moved closer to the golden number after orthognathic surgery in Class III patients. For the soft tissue profile, only ratio 4 moved closer to the golden number in both Class II and III patients. Regarding the subjective evaluation of facial aesthetics, 91.49% of the facial profiles were considered more harmonic after treatment. Conclusion Considering the methodology, it may be concluded that the golden proportion had little effect on the facial aesthetics evaluation and should not work as a guide for orthodontic-orthognathic planning and treatment.